No momento, você está visualizando Tesouro Direto ou CDB? Qual a Melhor Opção em 2025?

Tesouro Direto ou CDB? Qual a Melhor Opção em 2025?

Se você está começando a investir ou quer diversificar sua carteira com ativos mais seguros, provavelmente já se deparou com a dúvida: Tesouro Direto ou CDB? Qual vale mais a pena em 2025?

Ambas as opções são de renda fixa, oferecem baixo risco e podem ser excelentes alternativas ao velho (e pouco rentável) dinheiro parado na poupança. Mas elas possuem diferenças importantes que você precisa entender antes de aplicar seu dinheiro.

Neste artigo, você vai descobrir:

  • O que são Tesouro Direto e CDB;
  • As principais diferenças entre eles;
  • Quais são as melhores opções para diferentes perfis e objetivos;
  • E, claro, qual deles vale mais a pena investir em 2025.

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do governo federal criado em 2002 para permitir que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, com segurança, facilidade e valores acessíveis (a partir de cerca de R$ 30).

Ao investir no Tesouro, você está basicamente emprestando dinheiro para o governo, que devolve com juros em uma data futura. Esses títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional e são considerados os investimentos mais seguros do país.

Tipos de títulos do Tesouro Direto

Em 2025, os principais tipos de títulos são:

  • Tesouro Selic (LFT): Rende a taxa básica de juros (Selic), ideal para reserva de emergência.
  • Tesouro Prefixado (LTN): Tem rendimento fixo, definido no momento da compra.
  • Tesouro IPCA+ (NTN-B): Rende uma taxa fixa + variação da inflação (IPCA).

O que é o CDB?

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido por bancos. Ao comprar um CDB, você está emprestando dinheiro para a instituição financeira em troca de um rendimento acordado no momento da aplicação.

O CDB é um instrumento usado pelos bancos para captar recursos. Em troca, eles oferecem rendimentos que podem ser:

  • Prefixados: Rendimento fixo, como 11% ao ano;
  • Pós-fixados: Atrelados ao CDI, por exemplo, 110% do CDI;
  • Híbridos: IPCA + uma taxa fixa.

Tesouro Direto vs. CDB: Comparativo Completo

CaracterísticaTesouro DiretoCDB
EmissorGoverno FederalBancos e instituições financeiras
Risco de créditoMuito baixo (risco soberano)Baixo (coberto pelo FGC até R$ 250 mil)
RentabilidadeFixa, pós ou híbrida (Selic/IPCA)Fixa, pós ou híbrida (geralmente mais alta)
LiquidezDiária (Tesouro Selic) ou datas fixasPode ter liquidez diária ou prazo fechado
Imposto de RendaSim (regressivo)Sim (regressivo)
Taxa de custódia0,20% ao anoGeralmente isento
Aplicação mínimaA partir de R$ 30Varia por banco (muitos com mínimo de R$ 1)
GarantiaGovernoFGC (até R$ 250 mil por CPF por instituição)

Entendendo o cenário econômico de 2025

Antes de decidir entre Tesouro Direto e CDB, é essencial entender o contexto econômico do Brasil em 2025.

1. Taxa Selic

A Selic é o principal indicador para a renda fixa. Em 2025, a tendência é que a taxa permaneça estável ou em leve queda, após os ciclos de alta em anos anteriores.

Em abril de 2025, a Selic está em 14,25% ao ano, com expectativa de atingir os 15% ao longo do ano.

Isso significa que:

  • Os títulos Tesouro Selic continuam sendo uma boa opção para segurança e liquidez.
  • Os CDBs pós-fixados que pagam porcentagens do CDI (geralmente próximos da Selic) seguem atraentes, especialmente se pagarem acima de 100% do CDI.

2. Inflação (IPCA)

A inflação tem mostrado sinais de controle, girando em torno de 4,5% ao ano.

  • Títulos Tesouro IPCA+ são interessantes para proteger o poder de compra no longo prazo.
  • CDBs híbridos (IPCA+X%) também aparecem como alternativa semelhante.

Vantagens do Tesouro Direto

Segurança máxima

Você está emprestando dinheiro para o governo. A chance de calote é considerada praticamente nula.

Acessível e transparente

Com cerca de R$ 30, você já pode investir. O Tesouro tem site, simuladores e alta transparência.

Ideal para reserva de emergência

O Tesouro Selic tem alta liquidez e baixa volatilidade, sendo ideal para resgates rápidos e imprevistos.

Diversificação automática

Com poucos títulos, é possível diversificar entre prazos, rentabilidades e tipos de indexação.


Vantagens do CDB

Rentabilidade geralmente maior

Bancos menores oferecem CDBs com rendimentos acima do Tesouro Direto, como 110% ou 120% do CDI.

Possibilidade de liquidez diária

Existem muitos CDBs com liquidez diária e rendimento competitivo, ideais para reserva ou caixa.

Sem taxa de custódia

Diferente do Tesouro Direto, que cobra 0,20% ao ano de taxa de custódia, o CDB é, em geral, isento de taxas.

Cobertura do FGC

CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos até R$ 250 mil por CPF e por instituição — um “seguro” para seu investimento.


Qual é melhor em cada situação?

💼 Para reserva de emergência

  • Melhor escolha: Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária e 100%+ do CDI.
  • Ambos têm boa liquidez e são seguros. Prefira o que tiver melhor rentabilidade líquida (descontando impostos e taxas).

🎯 Para objetivos de médio prazo (1 a 5 anos)

  • CDBs prefixados ou Tesouro Prefixado podem ser boas opções.
  • Se acredita em queda da Selic, títulos prefixados tendem a render mais.

🧓 Para aposentadoria ou longo prazo

  • Tesouro IPCA+ é o mais indicado. Garante proteção contra inflação e rentabilidade real.
  • CDBs híbridos (IPCA+%) também servem, mas avalie bem a solidez do emissor.

💰 Para quem busca rendimento máximo

  • CDBs de bancos médios pagando 110%+ do CDI podem superar os títulos do Tesouro.
  • Avalie o risco do emissor, o prazo e o limite do FGC.

Impostos e custos: Tesouro Direto vs. CDB

Imposto de Renda

Ambos seguem a tabela regressiva de IR sobre os rendimentos:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

Ou seja, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será a alíquota de imposto.

Taxas

  • Tesouro Direto: 0,20% ao ano de taxa de custódia (cobrada pela B3).
  • CDB: Geralmente isento de taxas em corretoras digitais.

Como escolher o melhor para você?

Pergunte-se:

  1. Qual o seu objetivo com o investimento?
    • Curto prazo (liquidez) ou longo prazo (rentabilidade)?
  2. Você está disposto a abrir mão de liquidez para ganhar mais?
    • CDBs com prazo maior pagam mais, mas não têm liquidez.
  3. Você entende os riscos de cada produto?
    • CDBs dependem da saúde financeira do banco emissor (apesar do FGC).
  4. Você investe com regularidade?
    • Se sim, uma combinação de Tesouro Direto + CDB pode ser ideal.

Conclusão: Tesouro Direto ou CDB — Qual investir em 2025?

A resposta correta é: depende do seu objetivo e perfil.

  • Se você busca segurança, simplicidade e previsibilidade, o Tesouro Direto continua imbatível.
  • Se você quer rentabilidade superior, aceita abrir mão de liquidez e sabe avaliar riscos, bons CDBs de bancos médios podem render mais.

Aliás, não há necessidade de escolher só um. O ideal é usar ambos de forma complementar:

  • Tesouro Selic para reserva de emergência.
  • CDBs para médio prazo com maior rentabilidade.
  • Tesouro IPCA+ para aposentadoria.
  • CDBs prefixados para aproveitar janelas de juros altos.
0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários